quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A QUEDA DA INADIMPLÊNCIA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS.

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A inadimplência das famílias brasileiras, que é a situação de não conseguir pagar as dívidas em dia, vem diminuindo nos últimos meses. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias inadimplentes caiu para 28,3% em janeiro de 2024, o menor nível desde março de 2022.

Isso significa que, de cada 100 famílias, 28 têm contas ou dívidas em atraso, como cartão de crédito, carnê, crédito pessoal, financiamento de casa ou de carro, entre outras. Em janeiro de 2023, esse número era de 29,9%, e em dezembro de 2023, de 28,8%.

A redução da inadimplência das famílias é um sinal positivo para a economia, pois indica que as pessoas estão conseguindo organizar melhor as suas finanças, negociar com os credores, aproveitar as oportunidades de renegociação ou refinanciamento, e até mesmo quitar as suas dívidas para voltar a consumir.

Além disso, a queda da inadimplência também reflete a melhora de alguns indicadores econômicos, como a inflação, que ficou em 5,2% em 2023, abaixo da meta de 5,5%, a taxa básica de juros, que foi reduzida para 5,75% ao ano em janeiro de 2024, e a geração de empregos, que cresceu 2,1% em 2023, com a criação de 1,8 milhão de vagas formais.

No entanto, apesar da tendência de queda, a inadimplência das famílias ainda é alta e representa um desafio para o desenvolvimento do país. Muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para pagar as suas contas em dia, principalmente as de baixa renda, que são mais afetadas pela alta dos preços dos alimentos, do gás, da energia elétrica e dos combustíveis.

Além disso, a pandemia de covid-19, que ainda não foi totalmente superada, também teve um impacto negativo na renda e no consumo das famílias, especialmente as que dependem do auxílio emergencial, que foi reduzido e deve acabar em abril de 2024.

Por isso, é importante que as famílias tenham cautela e planejamento na hora de contrair novas dívidas, evitando o endividamento excessivo e o comprometimento da renda futura. Também é recomendável que as famílias busquem orientação financeira, educação financeira e apoio psicológico, caso estejam em situação de estresse ou angústia por causa das dívidas.

A inadimplência das famílias é um problema que afeta não só a vida das pessoas, mas também a saúde do sistema financeiro e a dinâmica da economia. Por isso, é preciso que haja políticas públicas e ações conjuntas dos governos, dos bancos, das empresas e da sociedade civil para enfrentar esse desafio e promover o bem-estar e o desenvolvimento das famílias brasileiras.

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