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Após o corte da taxa Selic nesta quarta-feira (20), o Brasil continuou em quarto lugar no ranking de países com o maior juro real, que desconta a expectativa de inflação. A taxa brasileira é de 6,3%. A Rússia aparece em primeiro lugar no ranking, com juro real de 10,2%. Em seguida está o México, com 7,9%, e na sequência está a Turquia, 6,6%.
O ranking foi feito usando as taxas básicas de juros dos países divulgadas mais recentemente. Já o cálculo para o Brasil considera um derivativo (contrato financeiro negociado na B3), descontando a expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os próximos 12 meses. Siga o Valor Investe:
- Em quinto lugar, estão empatados a Arábia Saudita e o Reino Unido, com taxa de 3,5%.
- Na sexta posição, ficam empatados os Estados Unidos e a África do Sul, com juros reais de 3,1%.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a aumentar os juros, antes de Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Desde março do ano passado até maio deste ano, o Brasil sustentou a posição de país com o maior juro real do grupo analisado.
Agora, entretanto, como seus pares na América Latina, começa a descer posições com os cortes de taxas que vêm se consolidando. O Banco Central brasileiro cortou a Selic pela sexta vez consecutiva hoje, em 0,50 ponto percentual, de 11,25% para 10,75%, com a inflação controlada.
Conforme o Boletim Focus mais recente, a expectativa é que o ciclo de corte de juros termine em 8,5%. Contudo, boa parte do sucesso das reduções de juros no Brasil depende dos países mais desenvolvidos, porque as taxas no exterior ditam o fluxo de capital por aqui.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, manteve os juros inalterados hoje. Na Europa, a sinalização do Banco Central Europeu é de começo de cortes de juros no meio do ano.