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Empresas do setor de cartões desejam que o novo crediário assuma o lugar do parcelado sem juros. O novo crediário é uma das prioridades da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para os anos de 2024 a 2026, conforme afirmou o presidente da entidade, Giancarlo Greco.
Esse produto está sendo redesenhado e permitirá compras parceladas com juros, com prazos de pagamento que podem se estender até 60 meses. O objetivo é estabelecer uma implementação mais ampla e padronizada, envolvendo todos os emissores, bancos e empresas de maquininhas.
Segundo o vice-presidente da Abecs, Ricardo Vieira, essa modalidade oferece custos mais baixos e prazos muito mais longos, tornando-se uma excelente opção. As taxas de juros e os prazos do novo crediário para cada cliente dependerão da política de cada banco emissor do cartão, bem como dos limites e valores.
Clientes de menor risco tendem a ter taxas menores. O setor de cartões pode movimentar entre R$ 4,05 trilhões a R$ 4,12 trilhões este ano, representando uma expansão de até 12% em relação a 2023. Esse crescimento será impulsionado principalmente pelo cartão de crédito, que tem se expandido mais do que o débito.
A modalidade de parcelamento sem juros, por sua vez, enfrenta concorrência com o Pix e deve crescer apenas ligeiramente este ano, na ordem de 0,4%. Uma pesquisa realizada em 2022, mencionada no congresso anual da Abecs, revelou que 75% dos consumidores já haviam utilizado o parcelamento sem juros pelo menos uma vez.
Por outro lado, o rotativo é menos utilizado, pois 82% das pessoas afirmaram que pagam o valor total da fatura dentro do prazo. O saldo de crédito da pessoa física no cartão aumentou de R$ 238 bilhões em 2018 para R$ 538 bilhões no final do ano passado, de acordo com dados do Banco Central apresentados no evento da Abecs.
Dessa quantia, apenas 25% do volume está sujeito a juros, uma realidade bem diferente de outros países, onde a proporção de saldo com incidência de juros é maior.
Nos Estados Unidos, 72% do saldo está sujeito a juros; no Reino Unido, esse número é de 52%; e na América do Sul, no Chile, chega a 66%. É fundamental que continuemos a encontrar alternativas para reduzir cada vez mais a base de operações sem juros.
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