segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

"Será que o Fed vai entrar na dança e ajustar as taxas de juros?"

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A inflação nos Estados Unidos está se tornando uma dançarina ardente na pista da economia global. Como uma máscara de Carnaval, ela esconde suas intenções, mas todos os olhos estão fixos nela.

Os números do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos EUA têm sido como serpentinas coloridas, enrolando-se em torno das expectativas dos investidores. No último relatório, a inflação anual atingiu 3,4%, ultrapassando as previsões anteriores. Os economistas observam atentamente, como foliões ansiosos, para ver se essa tendência persistirá ou se será apenas um breve samba de Carnaval.

Os mercados de ações, como blocos carnavalescos, estão agitados. Investidores mascarados se perguntam: "Será que o Fed vai entrar na dança e ajustar as taxas de juros?" O dólar americano, o como uma fantasia extravagante, oscila com cada novo dado de inflação. Os títulos do Tesouro dos EUA, como confetes no ar, flutuam entre a segurança e o risco.

Enquanto isso, na Bolsa de Valores, os traders se movem como passistas habilidosos. Alguns giram em torno de ações de tecnologia, outros pulam para commodities. Os índices de volatilidade dançam freneticamente, como maracatus em ritmo acelerado.

Mas cuidado! Como uma escola de samba imprevisível, a inflação pode surpreender a todos. Se ela continuar subindo, os juros podem ser ajustados, e a festa no mercado financeiro pode ficar mais animada. Por outro lado, se a inflação desacelerar, os investidores podem tirar suas máscaras e respirar aliviados.

Então, enquanto os foliões se preparam para a volta do Carnaval, lembrem-se: a inflação é uma dançarina de muitos passos, e a bolsa de valores está pronta para seguir o ritmo, seja ele um samba ou uma marchinha. 🎭📈💃

domingo, 11 de fevereiro de 2024

BANCO INTER BATE RECORDE DE CRESCIMENTO.

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O Banco Inter (INBR32), instituição financeira digital com ações negociadas em Nova York, anunciou um lucro líquido recorde de R$ 352 milhões em 2023. No quarto trimestre do ano passado, o banco registrou um lucro de R$ 160 milhões, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito. Essa cifra representa um ganho mais de cinco vezes maior do que o mesmo período de 2022, quando o lucro foi de R$ 29 milhões. Vale destacar que, em 2022, o banco havia registrado prejuízo de R$ 14 milhões.

A receita bruta total no quarto trimestre atingiu R$ 2,2 bilhões, um crescimento de 29% em comparação com o mesmo período de 2022. Esse desempenho foi impulsionado pelas operações de crédito e também pelas tarifas relacionadas a cartões, serviços bancários e investimentos. A carteira de crédito encerrou dezembro em R$ 31 bilhões, representando um aumento de 26% em 12 meses e 10% na comparação trimestral.

O Banco Inter apresentou no início do ano passado o Plano de Negócios 60-30-30, que tem como objetivo alcançar 60 milhões de clientes até 2027, mantendo uma eficiência de 30% e atingindo um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 30%. Um ano após o anúncio, o vice-presidente do Inter, Alexandre Riccio, afirmou que o andamento está em linha com o planejado e alguns indicadores, como a eficiência e o ROE, estão superando as expectativas.

O ROE do banco digital no quarto trimestre de 2023 foi de 8,5%, em comparação com 1,6% do mesmo período de 2022 e 5,7% do terceiro trimestre de 2023. Além disso, o índice de eficiência melhorou para 51,4%, uma melhoria de 1,06 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre, graças ao controle de custos e ao aumento da receita. No acumulado do ano, o ROE ficou em 4,9%.

O Banco Inter encerrou l2023 com 30,4 milhões de clientes, dos quais 16,4 milhões são ativos, utilizando efetivamente os produtos e serviços bancários da instituição. O volume transacionado (TPV) em cartões e PIX no quarto trimestre atingiu R$ 253 bilhões, e a expectativa para 2024 é que o banco movimente mais de R$ 1 trilhão.

Em relação à inadimplência, considerando atrasos acima de 15 a 90 dias, ela ficou em 4% da carteira, enquanto acima de 90 dias foi de 4,6%. Esses números representam uma melhora em relação ao terceiro trimestre de 2023.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

DESPESAS BÁSICAS DEVERÃO SOFRER REAJUSTE ACIMA DA INFLAÇÃO EM 2024.

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Despesas básicas, como energia elétrica, planos de saúde e mensalidades escolares, deverão sofrer reajustes acima da inflação em 2024. Para especialistas, esses aumentos vão exigir um planejamento financeiro das famílias, com revisão dos gastos.

O maior aumento deve vir dos planos de saúde empresariais, que devem subir em média 20%, segundo projeções da consultoria Arquitetos da Saúde. Para planos individuais, a expectativa do Citi e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) é que o reajuste fique em torno de 8,7%. 

As tarifas residenciais de energia elétrica devem ter uma alta média de 7,61% em 2024, segundo cálculos da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada no setor. Já as mensalidades escolares podem subir, em média, 9%, neste ano, de acordo com levantamento feito pelo Melhor Escola, site buscador de escolas no Brasil. 

Algumas instituições de ensino disseram manter o mesmo valor praticado em 2023, enquanto outras irão aplicar reajustes que chegam a 35%. Além disso, o preço do material escolar também deve subir, com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) esperando uma alta entre 7% e 9% para este ano letivo.

A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, acumulou alta de 4% em 2023, até o mês de novembro. Para este ano, a projeção, segundo o Boletim Focus, é que encerre em 3,90%. Vale ressaltar que a maioria dos trabalhadores tem o salário reajustado pelo IPCA, que é uma média da inflação, e não necessariamente se reflete no aumento real do seu custo de vida.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

FATORES QUE IMPULSIONARAM A INFLAÇÃO EM JANEIRO.

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Olá, boa tarde, a seguir veja alguns fatores que alavancaram a inflação em janeiro de 2024:

O IPCA, índice que mede a variação de preços ao consumidor, ficou em 0,42% em janeiro, segundo o IBGE. O principal responsável por esse resultado foi o aumento de 29,45% na batata-inglesa, que contribuiu com 0,07 ponto porcentual para a inflação do mês. 

Outros itens que também pesaram no bolso dos consumidores foram o arroz (0,05 p.p.), o serviço bancário (0,04 p.p.), o plano de saúde (0,03 p.p.) e a cenoura (0,03 p.p.). 

Por outro lado, alguns produtos e serviços ficaram mais baratos e aliviaram a pressão inflacionária, como a passagem aérea (-0,15 p.p.), a energia elétrica residencial (-0,03 p.p.), o transporte por aplicativo (-0,02 p.p.), a gasolina (-0,02 p.p.) e o ônibus urbano (-0,01 p.p.).

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

SETOR VAREJISTA RECUA NAS VENDAS, SEGUNDO O IBGE.

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O comércio varejista brasileiro teve uma queda de 1,3% nas vendas em dezembro, comparado com o mês anterior, segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (7). 

Foi o segundo pior resultado de 2023, e o mais intenso. Apesar disso, o setor fechou o ano com um crescimento de 1,7%, o sexto ano seguido de alta. 

Entre as onze atividades pesquisadas pelo IBGE, sete tiveram resultados positivos em 2023. Os destaques foram Veículos e motos, partes e peças (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,7%), Combustíveis e lubrificantes (3,9%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%). 

Por outro lado, quatro atividades registraram queda em 2023. Foram elas Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-4,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%) e Material de construção (-1,9%). 

Essas quedas podem estar relacionadas à crise de grandes empresas do setor, à mudança de hábitos de consumo após a pandemia, e à inflação dos materiais de construção.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

PARTICIPAÇÃO DOS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES CAEM NO ÍNDICE DO PIB.

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Nos últimos cinco anos, a parcela do PIB que corresponde aos salários dos trabalhadores brasileiros diminuiu 12,9%, atingindo o nível mais baixo desde 2008. 

Essa tendência de queda começou em 2016, depois de um período de crescimento entre 2004 e 2016, quando os salários chegaram a representar 35,5% do PIB. Em 2021, essa proporção caiu para 31% do PIB. 

Os dados são do IBGE e mostram que, ao mesmo tempo, a participação do lucro das empresas no PIB aumentou de 32,3% para 37,5%, um aumento de 16%. O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, criticou esse resultado e disse que ele é fruto da regressão neoliberal que precarizou o trabalho e reduziu o poder de barganha dos trabalhadores. 

O professor Pedro Paulo Zahuth Bastos, da Unicamp, concordou com essa análise e acrescentou que a recessão econômica iniciada em 2015, a pandemia e a reforma trabalhista também contribuíram para a redução dos salários no PIB.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

REFORMA TRIBUTÁRIA: A URGÊNCIA PARA REGULAMENTÁ-LA.

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O ano de 2024 será marcado pela discussão e aprovação das leis complementares que regulamentam a reforma tributária, aprovada pelo Congresso em 2023 após longos anos de debate. Essa é a principal pauta econômica dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estão alinhados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Além disso, o Planalto pretende enviar em março a segunda fase da reforma tributária, que visa tornar o sistema mais justo e progressivo, tributando mais os ricos e menos os pobres. 

Outros temas que também devem ganhar destaque no Congresso são a criação de normas para o uso de inteligência artificial (IA) e a revisão dos gastos públicos em áreas essenciais como saúde e educação. 

O desafio dos parlamentares será conciliar a agenda legislativa com o calendário eleitoral, que tende a esvaziar as Casas a partir de julho, quando começam as campanhas para as eleições municipais.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

MUDANÇAS NAS REGRAS PARA EMISSÃO DE TÍTULOS DE RENDA FIXA.

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O governo anunciou na última sexta-feira (2) alterações importantes nas normas para a emissão de títulos de renda fixa isentos de imposto de renda, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). O objetivo é aumentar a eficiência das políticas públicas de apoio aos setores do agronegócio e imobiliário, garantindo que os recursos sejam usados em operações compatíveis com suas finalidades originais.

Uma das principais mudanças é o aumento do prazo mínimo de vencimento desses títulos, que passou de 90 dias para nove meses nas LCI e para 12 meses nas LCA, com o intuito de facilitar o gerenciamento de ativos e passivos das instituições financeiras. Além disso, o governo impôs limites para o lastro desses títulos, restringindo as operações que podem ser enquadradas como imobiliárias ou agropecuárias.

Essas medidas têm impacto para o investidor pessoa física, que perde a possibilidade de usar esses títulos para a composição da reserva financeira, por causa do alongamento do seu prazo de vencimento. Além disso, esses títulos tendem a ficar mais escassos e menos rentáveis, já que o governo está atento à isenção tributária concedida a esses instrumentos, cujos estoques superam R$ 1 trilhão.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

DEFLAÇÃO NA CHINA.

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A China, que já tem produtos muito competitivos, reduziu ainda mais seus preços, dificultando que outros países aumentem os seus. No Brasil, isso também aconteceu. A China contribuiu para a queda da inflação de bens de consumo, junto com outros fatores como o crédito caro, o câmbio mais estável e a melhora da oferta após os problemas de produção. 

Segundo a Warren Investimentos, a inflação de bens industriais - que inclui produtos duráveis, semiduráveis e materiais de construção - foi de 1,09% em 2023, a menor em cinco anos. Em alguns meses, os preços até caíram, como em junho (-0,57%), setembro (-0,20%) e novembro (-0,54%). 

Ficaram mais baratos, no ano passado, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, roupas, pneus e bicicletas. Andréa Angelo, economista da Warren, diz que os preços de bens estão muito baixos e têm relação com o câmbio e a inflação externa. 

Ela acredita que a inflação de bens vai continuar diminuindo no curto prazo. A China afeta a inflação não só pelos produtos finais que estão nas lojas, ou que podem ser comprados pela internet. O país também é um grande fornecedor de insumos para várias indústrias, como peças de celulares, componentes eletrônicos e aço. 

Preços mais baixos da China ajudam a diminuir o custo dos produtos nacionais. Quase tudo o que o Brasil importa da China são produtos industriais acabados ou intermediários. No ano passado, os preços cobrados pelos produtores (PPI, na sigla em inglês) caíram na China 3%, depois da inflação de 4,1% de 2022. 

Isso mostra as dificuldades da indústria chinesa, tanto dentro quanto fora do país. No mercado interno, o consumo não se recuperou como esperado, por causa da queda nos preços dos imóveis, que faz os chineses pouparem mais. 

No mercado externo, o país perde vendas para seus principais parceiros comerciais - como Estados Unidos, Japão e Alemanha, por causa do juros mais altos e da troca da China por outros fornecedores mais próximos ou mais aliados.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

COMPUTAÇÃO QUÂNTICA X IA: O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS SOBRE OS NEGÓCIOS.

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A computação quântica é uma tecnologia que usa os conceitos da física quântica para realizar cálculos muito mais rápidos e complexos do que a computação tradicional. Ela pode ter um efeito transformador nos negócios, assim como a inteligência artificial (IA) já tem. 

É o que afirma um executivo do banco BV, que está testando soluções de computação quântica em parceria com o Senai-Cimatec. Segundo ele, o banco BV busca resolver problemas nas áreas de crédito, dados e segurança da informação, que hoje são difíceis para a computação clássica. 

Ele também diz que a computação quântica será essencial para proteger os dados das empresas contra ameaças cada vez mais sofisticadas. O banco BV espera que o hardware de computação quântica esteja disponível para uso comercial até 2025. 

Ele acredita que as empresas que não investirem nessa tecnologia agora ficarão para trás na inovação. A computação quântica pode se integrar com outras tecnologias, como o 5G e a IA, para criar novas possibilidades em diversos setores, como saúde, automotivo e indústria.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A QUEDA DA INADIMPLÊNCIA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS.

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A inadimplência das famílias brasileiras, que é a situação de não conseguir pagar as dívidas em dia, vem diminuindo nos últimos meses. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias inadimplentes caiu para 28,3% em janeiro de 2024, o menor nível desde março de 2022.

Isso significa que, de cada 100 famílias, 28 têm contas ou dívidas em atraso, como cartão de crédito, carnê, crédito pessoal, financiamento de casa ou de carro, entre outras. Em janeiro de 2023, esse número era de 29,9%, e em dezembro de 2023, de 28,8%.

A redução da inadimplência das famílias é um sinal positivo para a economia, pois indica que as pessoas estão conseguindo organizar melhor as suas finanças, negociar com os credores, aproveitar as oportunidades de renegociação ou refinanciamento, e até mesmo quitar as suas dívidas para voltar a consumir.

Além disso, a queda da inadimplência também reflete a melhora de alguns indicadores econômicos, como a inflação, que ficou em 5,2% em 2023, abaixo da meta de 5,5%, a taxa básica de juros, que foi reduzida para 5,75% ao ano em janeiro de 2024, e a geração de empregos, que cresceu 2,1% em 2023, com a criação de 1,8 milhão de vagas formais.

No entanto, apesar da tendência de queda, a inadimplência das famílias ainda é alta e representa um desafio para o desenvolvimento do país. Muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para pagar as suas contas em dia, principalmente as de baixa renda, que são mais afetadas pela alta dos preços dos alimentos, do gás, da energia elétrica e dos combustíveis.

Além disso, a pandemia de covid-19, que ainda não foi totalmente superada, também teve um impacto negativo na renda e no consumo das famílias, especialmente as que dependem do auxílio emergencial, que foi reduzido e deve acabar em abril de 2024.

Por isso, é importante que as famílias tenham cautela e planejamento na hora de contrair novas dívidas, evitando o endividamento excessivo e o comprometimento da renda futura. Também é recomendável que as famílias busquem orientação financeira, educação financeira e apoio psicológico, caso estejam em situação de estresse ou angústia por causa das dívidas.

A inadimplência das famílias é um problema que afeta não só a vida das pessoas, mas também a saúde do sistema financeiro e a dinâmica da economia. Por isso, é preciso que haja políticas públicas e ações conjuntas dos governos, dos bancos, das empresas e da sociedade civil para enfrentar esse desafio e promover o bem-estar e o desenvolvimento das famílias brasileiras.

O IMPACTO DO PREÇO DO CACAU NO MERCADO DE INVESTIMENTOS.

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